segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Lembre-me se for Capaz...

"Feliz Dia Das Mães (Em Meio a Gritos de Revolta)
Parece aquele dia de domingo em que todos estão almoçando com suas famílias.
Tudo vazio. Silêncio! Poderia ser um daqueles domingos em que todos resolveram almoçar com suas famílias. Mas não, estamos à beira do caos, de punhos atados, no meio do círculo de fogo com o céu rajado de balas e explosões.
E ninguém consegue ficar alheio a tais fatos. O muro de segurança que restava foi depredado.
Sinto o cheiro de morte no ar, sinto o gosto de sangue na boca, sinto o medo no peito.
Alguém aí pode ajudar? Interromperam o sonho da mãe que esperava por dias melhores. Quebraram o espelho em que ela refletia estes dias. Destroçaram seu futuro e balas furaram o peito de mais um inocente. Peito de uma criança que só sonhava em jogar bola.
O medo da mãe foi substituído pela revolta. Já bombardearam a escola. E agora? Qual sua resposta?

Texto de Juliano Amaral e Walter Titz Neto"

Eu e o Neto escrevemos tudo isso em 2005, logo após os atentados do PCC, um dia unico, dia das mãe em que a cidade mais rica e importante do nosso país parou perante o medo, a desordem e a angustia, não só a cidade, mas o estado de São Paulo enteiro ficou paralisado face a face com o terror, um dia das mães negros, porem unico. Muitas aguas passaram, mas as pedras de nossa sociedade continuam no mesmo local deste rio.

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