sábado, 11 de julho de 2009
A Fuga do Vale das Saudades
segunda-feira, 6 de julho de 2009
Grito Silencioso ( Eu mudo ou você surda?)
Sei que ninguém lê o que escrevo. Sei que ninguém ouve meus gritos. Sei que não há quem siga meus passos. Nas ruas, sei que não há quem me veja, entre os postos e as pessoas vou passando, me moldando, disfarçando, camuflando... Sou cinza como os prédios, prata como os carros, azul e verde como os telefones públicos. Quando me atiro não há quem me impeça. À noite, quando me deito, não há quem me pessa, me grite, me queira. Não tenho rosto, não tenho trejeitos, me travisto em ti para ser o que te atrai. Quero ser sua caça, não seu caçador, eu o derrotado, você o vencedor. Eu quero o medo de perder, o sangue, o frio e o vendo. O corpo junto, seu suor em minha pele. Sua voz doce de mulher dizendo coisas que não cabem