domingo, 20 de março de 2011

Há outras historias de amor, além da minha

Quantas vezes andei pro caminhos certos mas de forma erra. Aquela neblina que encobria a praia, amordaçava-os de uma forma que só era possível os ouvir em sussurros. Não precisavam de palavras, pois vossos corpos exalavam vosso sentimentos, vossas almas se repousavam no calor do templo uma da outra. Seu braços se enrolaram como duas serpentes em suas presas, mas não aviam caça e caçador. Houve o toque do rosto sobre o ombro, encaixando-se sem encaixes, como se por essência seu repouso pertencesse à aquela superfície. Do respirar profundo daquela alma rompeu-se o silencio com um questionamento. Por que não foi sempre assim? Ele a olhou, apertou sua mão. Pode senti-la mergulhar em um lago de sensações nas quais não se sabia o nome. Então o silencio se desfez pela ultima vez. Somente no derrotado triunfa a vitória, sem a derrota, perde-se o sentido. O calar se refez, e reinou ao tocar dos lábios.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

A serpente e o encantador de cobras

É triste e duro admitir isso, mas a arte é uma maldição. Quando se consegue vence-la, e o artista vive dela, sentindo a plenitude dela então ele se faz completo, mas e os que não conseguem? Digo isso porque como musico, também sou um artista, e infelizmente, eu nos meus 22 anos, ao contrario de muita banda juvenil em q os músicos tem 16, 17 anos, ainda não consegui vencer a maldição. Não questiono o mérito desses meninos de 16, 17 anos, se lá estão, algo de especial eles tem, mesmo que seja somente a sorte, mas essa a qual, nesses anos eu não tive. Dediquei 5 anos da minha vida a um projeto, e se pensar que pela minha idade é muito tempo, e sei que os momentos que mais me senti completo foram os 20, 30 minutos que estive sobre o palco. É claro que a Maria, minha mulher, me completa, ela é a menina que eu amo, mas a questão não é essa. Está no meu âmago tocar, é algo que não escolhi, creio que naquelas tardes quentes em que eu ouvia os vinil do meu tio naquela ferias no Rio de Janeiro, estava se colocando em pratica a maldição. Eu sei, por mais duro que seja, que nada me fará tão completo como a musica, e sei das dificuldades que eu terei para definitivamente dar certo, mas me entregar a "maldição", e fugir desta, seria abrir mão de mim mesmo, da minha própria felicidade. É quando não encontramos mais o solo sob nossos pés, e o céu se faz tão escuros que não vemos o brilho de nenhuma estrela, que devemos ter mais fé em nós mesmos. Sei que aos 14 anos, quando decidi que era isso que eu queria para mim, não sabia o peso da minha escolha, mas mesmo hoje, 8 anos depois, sabendo o quanto ela é pesada, e o quanto o caminho é de tormentas, nela eu persisto. Se estou certo? Não sei, cabe somente a Deus dizer, mas ao menos, eu, mesmo que seja na figura do exercito de um único homem, acredito em mim. São de suas escolhas que são feitos os homens e no final, a glória sempre nos espera.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

O Silencio e a Reflexão

A Reflexão foi um caminho positivo perante momentos negativos. Das minhas ruínas, ergui meus castelos, e no fim, tive meu corpo frio, mas meu coração aquecido. Vivi o prólogo invés de só conta-lo, agora me preparo para a historia, e não aquela saudade de tudo aquilo que nunca vivi, mas sim a ansiedade por tudo aquilo que irei viver. Após as quedas, há a ascensão.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Reflexão sobre amor

Passo após passo, desci por minha rua. A chuva leve lavava a todos a minha volta com uma delicadeza impar. Enquanto muitos corriam para baixo das marquises, eu apenas coloque as mãos em meus bolsos e caminhei mais devagar. Em São Paulo o céu nunca está estrelado, mas as luzes amarelas dos postes dão um ar de romantismo que talvez só exista em meu coração, ou mesmo talvez seja a minha admiração pela chuva. A dança das águas que imita o ciclo da vida, um pouco daquele ar de do chão viestes, ao chão voltará. Ou será que o ciclo da vida imita a dança das águas? Sempre me indago sobre quem imita quem. Enquanto escorria por meu rosto, um breve sorriso de canto de boca rompeu meu ar de reflexão. Muitos sabem que muitas vezes evito de refletir, para não chegar a conclusões, muitas vezes entro por caminhos que que na verdade não desejo encontrar o final, na verdade, nunca desejo encontrar o final, me aventuro só pelo prazer de me aventurar, a jornada já se faz como seu próprio destino. Meu sorriso de canto de boca, mesmo tímido como eu mesmo sou, é minha forma mais sincera de sorrir. Meio sem graça, meio feliz e um tanto idiota, mas não no sentido ruim da palavra, mas em um sentido delicado, quase infantil. Neste sorriso, eu estou desarmado de qualquer medo, somente sorrio. Sempre me imaginei assim, sorrindo de forma tímida após o beijo de quem eu amo, e creio que realmente foi assim. Típico meu, a timidez com esse jeito desajeitado. A luz que me cega sobe a rua, passa por meu lado e me atira água. Me suja a roupa mas não tira o brilho de alma. Aquela noite se fez minha como outras em que não estava só. Me lembra as noites em que eu amei e fui amado. Jurei, fui jurado e juiz. Desisti por mim e por ela, mas me questionei por não saber até onde valia a desistência. Me valeu muito. De certo modo, ter vivido uma bela historia de amor, nada trágico, mas a forma mais límpida de amar, me tirou o peso por historias mal acabadas. São essas coisas que eu do valor. São coisas que não se tratam de o que esta por fora de meu corpo, não são camisas que eu visto, se gastam e um dia não fazem mais parte de minha vida. São historia, talvez mais do que. Sei que aquelas noites em que a chuva estava decidida a cair sobre nos não serão esquecidas, nem por mim, nem por ela. A única razão de uma de amor é a de ter vivido, e não a de ser contada.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Entre as chuvas e o ensolarar

Sei que o que será de mim é o menos importante, que por onde vou passa, se por vales, ou montanhas não tem a menor relevância, mas sim como vou passar. Sei que no fundo, o vencedor e o perdedor é o que tem a menor importância, mas sim como se luta. Não são as luzes da cidade que hão de ofuscar meus olhos, nem os buracos do asfalto que me farão parar. Sempre acreditei em meus sonhos, e a palavra desistir "infelizmente" não faz parte de meu vocabulário. Não que todas as vezes eu sai vitorioso, mas todas as vezes fui até o fim, ate onde acredito, somente pelo fato de acreditar. Nos vales da cidade, entre o cinza dos prédios, eu me fiz. Sujei meu rosto da poça d'água, ralei-me ao cair sobre meus joelhos. Houveram vezes que achei que a dor era tanta, que acreditei que não haveria o amanha. Houveram vezes que caminhei por caminhos escuros, matando minha cede nos lábios da incerteza, me deitando com o medo. A certeza eu nunca tenho, mas hoje aprendi a não crer que a fadiga me atacará, muito pelo contrario. Aprendi a ignorar o meu contrario. Aprendi a esperar o amor verdadeiro. Ao fim, descobri que as paredes que me tomavam o ar estavam distantes ao bastante para que eu nem as possa ver. Então como a noite se faz em dia, o menino virou homem sem perceber.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Vontades....

É, no fundo eu só queria ter a chance uma vez ao passado como em meus sonhos. Estaria naqueles dias chuvosos em que dentro do carro só existia a nós. Queria muitas coisas, mas nem tudo eu posso ter. Tempos se passam e a cada instante eu te gosto mais. Mesmo sendo pouco tempo, o tempo foi pouco para a nossa intensidade.

terça-feira, 17 de novembro de 2009